sexta-feira, 18 de julho de 2008
Ataque cardíaco
Com muita freqüência, ouvimos falar de parentes, amigos e conhecidos que sofreram um ataque cardíaco. Apenas nos Estados Unidos, os ataques cardíacos matam cerca de 650.000 pessoas por ano, mais de uma pessoa por minuto. Cerca de 350.000 morrem antes de chegarem ao hospital. Mas isso também aflige pessoas em outros países. Quase a metade dos homens, nos países ocidentais, bem como muitas mulheres, morrem desta única doença — o ataque cardíaco!
Fonte do Problema
A fonte do problema é a falta de irrigação sangüínea do músculo cardíaco. ‘Mas como isto é possível?’, talvez pergunte. ‘Não está o coração literalmente banhado de sangue? Não passam por ele, diariamente, toneladas de sangue?’
Isto é verdade. Assim, para compreender a natureza do problema, temos de saber um pouco sobre como o coração funciona. Trata-se de um músculo oco, que possui quatro câmaras, a aurícula direita e o ventrículo direito, e a aurícula esquerda e o ventrículo esquerdo. O sangue oxigenado dos pulmões flui para a aurícula esquerda, enquanto a aurícula direita se enche de sangue carregado de bióxido de carbono do corpo. Quando as aurículas se contraem, o sangue é impulsionado através de válvulas para os ventrículos. Daí, ocorre a principal ação bombeadora do coração. Os ventrículos forçosamente se contraem, enviando simultaneamente o sangue oxigenado às várias partes do corpo por meio da aorta, e o sangue carente de oxigênio aos pulmões, por meio da artéria pulmonar.
Enquanto o sangue percorre tais câmaras, o próprio músculo cardíaco não se beneficia deste fluido sustentador da vida. Pode-se fazer uma comparação com um caminhão-tanque de gasolina. O caminhão não deriva sua energia da gasolina que transporta para um freguês. Antes, é movido pelo combustível que obtém quando pára nos postos de gasolina. Tal combustível é canalizado através das linhas de alimentação do combustível até o motor do caminhão.
Similarmente, não é o sangue que atravessa as câmaras cardíacas que supre nutrição ao coração. Não; ao invés, porém, é o sangue bombeado para fora do coração que é recebido de novo, por outro caminho, que alimenta o coração. A chave do problema dos ataques cardíacos reside nestas ‘linhas de alimentação do combustível’, ou pelas vias de irrigação sangüínea do coração.
O sangue que deixa o coração é bombeado na enorme artéria do corpo, a aorta. No entanto, quase que de imediato, grande parte deste sangue é canalizado para as duas artérias coronárias. Desta forma, leva-se oxigênio e os nutrientes químicos a todas as partes deste importantíssimo músculo do corpo. O que acontece, porém, se existir interferência no fluxo sangüíneo através das artérias coronárias?
Sintomas
Muitos ataques cardíacos são difíceis de reconhecer. Com efeito, os cardiologistas calculam que, talvez, 20 por cento dos ataques iniciais ocorram sem qualquer consciência das vítimas. Isto poderá acontecer porque um vaso sangüíneo do coração sofre bloqueio gradual por um período de semanas ou meses, ao invés de abruptamente.
Daí, então, os sintomas podem simplesmente não ser reconhecidos como dum ataque cardíaco. Podem ser confundidos, por exemplo, como grave crise de indigestão. Também, poderão ocorrer vômitos, junto com fadiga e palidez. Outros sinais podem ser suores e falta de fôlego. O sintoma mais comum dum ataque cardíaco, contudo, é a pressão desconfortável, sensação de aperto ou plenitude do peito. Ou poderá ser cruciante dor no peito, que é um sinal quase que seguro dum ataque cardíaco.
Em muitos casos, as pessoas conseguem ter uma vida longa e plena depois dum ataque cardíaco, talvez sem jamais compreenderem que tiveram um. Por outro lado, até mesmo um ataque brando que causa danos mínimos ao coração pode precipitar a fibrilação ventricular, e a vítima pode ficar inconsciente e morrer em questão de minutos. Mas, poderia salvar tal vítima, se soubesse como fazê-lo.
Cuidados Preventivos
Além de estar preparados para ajudar vítimas de ataques cardíacos, o que mais podemos fazer? Pode-se impedir o acúmulo de placas nas artérias — a principal causa dos ataques cardíacos — ou pelo menos reduzi-lo?
Concorda-se, em geral, que o colesterol e as gorduras (glicérides) estão um tanto envolvidos no acúmulo de tais placas. Assim, não só faz sentido cuidar de nosso regime alimentar e evitar ficar com excesso de peso, visto que a gordura visível provavelmente significa que dentro de nosso corpo há acúmulo de placas adiposas nas artérias, estreitando-as perigosamente. Talvez também seja aconselhável limitar ou excluir a ingestão de alimentos fritos profundamente em gordura animal. Ao mesmo tempo, ingira generosa dose de nutritivas hortaliças, frutas, melões e cereais.
O modo hodierno de vida, veloz e gerador de tensões, também, parece ser outro fator que acentua o acúmulo de placas adiposas nas artérias. Assim, visto que os que se esforçam por demais incessantemente em fazer muita coisa em pouquíssimo espaço de tempo predispõem-se a ataques cardíacos, desejará evitar este senso contínuo de pressa.
Exercitar-se suficientemente é também um meio importante de contrabalançar os possíveis efeitos desastrosos do acúmulo de placas adiposas em nossas artérias.
A atividade física regular, também, fortalece o bombeamento por parte de nosso coração. Como resultado, são necessários menos batimentos para realizar a mesma quantidade de trabalho. Assim, um coração fisicamente apto não tem de fazer esforço excessivo para enfrentar uma emergência como o coração não condicionado. Assim, para proteger seu coração, tenha por hábito exercitar-se regularmente. Disse certo médico: “Caminhadas vigorosas, se praticadas desde a juventude, reduziriam por si só drasticamente, as deficiências e as mortes precoces devidas à doença coronária.”
Mas, nem todos os distúrbios cardíacos são provocados pelo acúmulo de depósitos gordurosos que estreitam a parte interna das artérias coronárias. Uma disfunção do sistema elétrico do coração é a fonte de alguns distúrbios cardíacos.
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